domingo, 8 de abril de 2012

Ao Tártaro Passear


Caronte amigo, deixa-me passar.

Eu nada lhe posso dar;
Vivendo de misérias, levamos tostão,
de moeda em moeda sou colega de profissão.

Não passo de pobre mendigo,

Caronte amigo, deixa em tua nau embarcar!
Será este maior castigo?
Aclamo somente a ti, camarada.

Vivo da desgraça alheia,

mesmo quando vi a vida em martírio,
não tem-se em morte, a justiça esperada!

Caronte amigo, nossas relações estão cortadas!

Esperei a vida por vossa barcaça.
Tendo chegada a hora, quem está a pagar entrada?



Caneca

_____________________________________________________
NÃO GOSTO DE POESIA, ESPERO QUE ESTA MINHA TENTATIVA SEJA AO MENOS TOLERÁVEL, SEJAM COMPLACENTES E TENHAM PIEDADE DA MINHA ALMA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário